Casa de Banho

Abri os olhos por momentos. Tudo o que via era os olhos dele, azuis e lindos, pareciam brilhar - Sirvo para muitas coisas além do sexo. Talvez um dia tenhas oportunidade de as descobrir.

- É, talvez um dia eu tenha oportunidade.. - Olhei-a por uns momentos. Eu já ouvira aquelas palavras de muitas outras raparigas com que estivera. E no entanto, nunca tivera curiosidade em descobrir o que mais tinha para dar.

Não as descobriria com facilidade. Apesar de tudo, eu era uma rapariga reservada e não gostava de demonstrar aquilo que sabia ou queria fazer - um dia...

- Um dia, quando me apetecer.. - apesar de saber que não teria muita curiosidade. Nunca tivera, não seria agora que ia ter. Pelo menos, era como eu pensava. Mas sempre podias estar enganado..

- Quando te apetecer? Que eu saiba, serei eu quem decidi se te mostra alguma coisa ou não - disse em resposta, fitando-o com um olhar sonolento.

- Podes ser tu a dizer o que quer que seja, mas vai ter que me apetecer, querer perguntar o que quer que seja.. - e aquilo tinha ficado meio confuso, mas eu percebia. Encolhi os ombros.

Olhei para ele e não disse nada. Não era nada de interessante com que tivesse de me preocupar - eu estou com demasiado sono para falar disto.

- Então dorme e cala-te que eu quero relaxar.. - o que começava a tornar-se difícil, dado que o seu corpo estava em cima do meu. Sorri e abanei a cabeça.

Encolhi os ombros e voltei a fechar os olhos. Apesar de tudo, o meu corpo continuava a reagir à presença dele, o que tornava um bocadinho difícil relaxar por completo.

E aquele tempo foi passado assim, em puro silêncio e de olhos fechados a pensar na vida. Quando me fartei, saí dali e enrolei uma toalha à minha cintura. Olhei-me ao espelho e como sempre, pus-me a paparicar-me..

Acho que cheguei a adormecer por breves minutos. Acordava e voltava adormecer por curto períodos de tempo. Abri os olho quando percebi que estava sozinha na banheira. Fitei Jonathan, todo ele. Meu deus, não havia falhas naquele corpo perfeito?

Espreguicei-me um pouco e voltei a olhar para todo o meu ser. Sim, eu era um gajo bem feito, tinha mesmo que admitir isso. Era por aquilo que eu tanto me fazia de convencido. Deixei o espelho de lado e peguei nas minhas roupas, vestido apenas os boxers e as calças que tinha ido buscar a casa.

Acabei por sair de dentro da banheira e enrolei-me na toalha. Olhei-me ao espelho por momentos - Vais ficar por aqui? - referia-me à minha casa. Perguntei, só para saber.

Aproveitei aquele momento e colei o meu corpo, colocando uma mão por dentro da sua toalha. Sorri maliciosamente. - Acho que sim.. - chupei o seu pescoço. - Sei lá..

- Não comeces Jonathan... - tinha que resistir aos avanços dele. Não queria que ele pensasse que eu caía sempre aos encantos - nesse casa vou encomendar alguma coisa para jantarmos - só porque não me estava a apetecer fazer o jantar.

Fingi um ar triste e amuado e tacteei a sua pele, delicadamente. Eu divertia-me a fazer tal coisa.. - Porque não?! - sexo era divertido e para mais, sexo bom era ainda melhor.

- Porque... - como é que eu arranjava razões para não ter sexo com ele? Porque eu queria, só não queria era dar o braço a torcer - porque primeiro vamos comer, eu estou esfomeada.

Fiz uma careta e juntei-me mais ao seu corpo. - Eu também estou esfomeado! - resmunguei. Esfomeado, mas de uma outra fome. Voltei a beijar o seu pescoço. - Muito, até..

- Pois, sim, azar para ti.... - afastei-me dele e escapuli-me da casa de banho. Mais uns segundos ali com ele e não teria resistido. Fui para a sala e encomendei comida italiana.

Revirei os olhos e recompus-me. Alguns minutos ali e mais tarde saí de dentro da casa de banho. Bah.. eu ainda ia ter o que queria.. sexo e sexo.

Voltei a lavar a boca e a cara mais uma vez. Fiz um totó e olhei-me ao espelho. Os sinais de ressaca eram óbvios. Ugh. Ajustei o meu robe e saí da casa de banho, indo direta para a sala.

Aquele demónio deixava-me passada. Urrr. Abri a torneira e enchi a banheira com água quente e algumas ervas perfumadoras. Depois despi-me e entrei.

Estava farto de estar na sala, pelo que optei por caminhar até à casa de banho. Pouco me importei se ela estava nua ou não. Sentei-me no apoio da banheira e sorri abertamente. - Quando é que resolves fazer uma plástica mesmo?!

Sorri cinicamente - Quando é que decides ter bom gosto? - perguntei em resposta. Depois atirei-lhe com água para cima.

Coloquei o braço à frente, de modo a que não me molhasse tanto. Revirei os olhos. - Então.. sempre me dás razão. - murmurei com um sorriso malicioso. - Realmente, basta olhar para a tua cara, que eu mesmo admito, ter um gosto de merda! - comecei-me a rir.