Hall de Entrada

Não lhe ia dar essa satisfação. Arranjei coragem e ignorei a voz maliciosa na minha cabeça que não parava de dizer "Atira-te a ele. Atira-te a ele" - Adeus John - disse com um sorriso cínico e destranquei a porta.

Fiz-me de pouco importado com a sua atitude, quando na realidade estava roidinho por ela não ter ficado. - Adeus Sky.. - empinei o nariz e cruzei os braços ao peito.

Fechei com brusquidão a porta atrás de mim. Uma vez fechada. mirei a porta enervada. Raios, maldito fosse aquele demónio por me deixar assim. Desta vez decidi não apanhar o elevador, fui logo de escadas até ao meu andar.

encerrado

Espreguicei-me e quase que dei um pontapé na porta. Pois eu não ia ficar irritado com aquela loira de meia tigela. Ela que fosse mesmo embora. Que não me arranjasse problemas na minha cabeça, nem que me abrisse a vontade de fazer sexo. Revirei os olhos e voltei para o meu quarto.

encerrado.

Esperava que ele me abrisse a porta. Pois, porque eu não tenho maneira de subir pelas varandas, pensei. Toquei à campainha e esperei.

Eu estava cheio de sono, quem seria a pessoa estúpida, para me incomodar, a uma hora desses? Resmunguei qualquer coisa e saí da cama. Dirigi-me até à porta e abri a porta.. - Ham.. és tu.. - dei meia volta e fui para a sala, onde me deitei praticamente no sofá.

Não falei o caminho todo com ela. Ainda tinha bem vivo as memórias daquele dia e não gostara nada.. e bom, também não tinha assunto nenhum para falar. Assim que chegamos ao prédio, subimos rapidamente até ao meu andar e abri a porta do meu apartamento. Ela não ia demorar muito tempo ali, pelo que fui rapidamente buscar o livro.

Esperei na entrada, caladinha, à espera que ele voltasse. Entretanto não podia deixar de imaginar que estava a... esquece isso, relembrei-me a mim mesma.

Aquele livro era antigo. Fora a minha avó que me o comprara, quando descobrira o que realmente eu era. Ela não percebia nada daquelas coisas e muito menos eu. Não me dei ao trabalho de o ler, até há uns dias para cá. Assim que o encontrei, fui rapidamente até à entrada e estendi-lhe o livro. - Toma.. cuida bem dele, se faz favor.

Peguei no livro com cuidado e dei uma vista de olhos rápidas. Leria com mais calma quando estivesse em casa. Olhei para ele - Obrigada, eu devolvo-te intacto - respondi e guardei-o na minha mala. Depois fechei a porta e um sorriso malicioso instalou-se na minha face - agora, há uma certa coisa que tenho de te falar...

Tirei o maço de tabaco do bolso e acendi um cigarro. Olhei para ela, de braços cruzados. Eu pensava que ela apenas queria o raio do livro. Revirei os olhos. - Diz lá o que queres falar..

Deixei cair a minha mala no chão e aproximei-me dele. Matutei para mim mesma se devia fazer aquilo. Oh sim, ia mostrar-lhe que eu não era apenas a loira burra e feia que ele pensava... Tirei-lhe o cigarro e dei um bafo e ri-me - Jonathan, Jonathan...

Revirei os olhos. Não estava com paciência para aqueles seus joguinhos, nem para nada que se assemelhasse. - Larga de ser chata. Já tens o livro, vai-te embora.. - disse calmamente. Suspirei.

- Neste momento não estou aqui pelo livro - respondi num tom de voz cortante e voltei a sorrir maliciosamente. Depois murmurei um feitiço em latim que o deixou preso à parede. Não ia durar mais do que uns três, quatro minutos devido à força de demónio dele. Não ia perder tempo - John, nunca ouviste dizer que não se deve meter com bruxas? Sabes... nós conseguimos ser loiras e feias, como tu dizes... mas loucas também.

Ergui o sobrolho desconfiado. Que queria ela dizer com aquilo? Ela que não pensasse que aquilo me assustava, porque não me assustava. - És loira, chata e estás-me a começar a chatear, seriamente.. vê se desapareces..

OO: que fez ela ao meu J?!

- Chateaste-me primeiro. E eu não tolero insultos sem responder de volta - disse com um riso - Agora, já que te tenho a meu dispor, que achas de...? - voltei a rir-me - oh sim, é mesmo isso que vou fazer.

supostamente lançou um feitiço que faz o J estar preso à parede por forças invisíveis.
prepara-te para uma pequena e fraca apresentação da Sky psicótica

O meu corpo começou a ser pressionado contra a parede. Ao principio não percebi cu do que se passava, mas depois, logo notei que estava praticamente agarrado à parede. Revirei os olhos. Que iria ela fazer? Como se ela fosse boa o suficiente para o fazer.

Lembrei-me que ele nunca me deixara ser eu a despi-lo, muito menos sequer tocar-lhe. Mordi o lábio e passeei as minhas mãos pelo seu tronco, descendo lentamente até às suas calças - Deveria eu vingar-me no teu brinquedo? - gozei descaradamente e comecei a puxar os seus calções para baixo.

Um sorriso sacana brilhou nos meus lábios. Mordi o meu lábio e olhei-a. Eu não ia entrar no seu joguinho.. - Não sei.. mas mesmo que o faças, não irás ganhar nada daí.. - acabei por rir à descarada.

- Muito pelo contrário, Jonathan. Já me estou satisfeita só de ter ver aí pendurado - gozei a passei a minha mão pelos seus boxers, começando também a tirá-los - sabes, isto até podia ser divertido para os dois se retirasses as tuas palavras a meu respeito.

Encolhi os meus ombros. Ela que se divertisse que de mim, não ia retirar nada. - Não me aqueces, nem me arrefeces.. és uma loira, burra e uma desesperada por mim.. - cuspi praticamente aquelas palavras. Assim que me conseguisse soltar, ela não esperava pela demora.

- Vai à merda, Jonathan. Arranjo melhor do que tu quando quiser - Disso já tinha algumas dúvidas. Ele fora o melhor, até agora. Raios, porquê? Já não teria muito tempo até o feitiço se desfazer. Passei a minha mão pelo seu pescoço, arranhando-o ligeiramente de modo a fazer sangue. Nada de mais. Depois levei a minha mão lentamente até ao seu membro.

Comecei-me a rir. Eu sabia que aquilo não era verdade. Afinal, eu era bom e duvidava que ela pudesse arranjar alguém, que fosse melhor.. - Acho que já estou nela, na merda, já que a tua companhia é uma porcaria, mesmo.. - Tentei desprender-me da parede. Aos poucos e poucos, apercebia-me que aquele seu feitiçozinho da treta, ia perdendo as forças, pelo que voltei a remexer-me.

Fuzilei-o com o olhar. Tentei conter-me para não lhe dar um estalo mas acabei por o fazer - Começas seriamente a irritar-me - afastei-me e peguei na minha mala, fazendo evidenciar certas partes do meu corpo - Obrigada pelo livro, depois faço-te chegar às mãos novamente - tinha de me ir embora antes que ele se soltasse. Dei-lhe uma trinca no sue lábio inferior e sorri maliciosamente. Depois abri depressa a porta e saí.

encerrado.

Eu irritava-a? Sorri maliciosamente. - Não é isso que parece, já que pareces uma desesperada, atrás de mim. - No momento em que ela saiu, consegui finalmente desprender-me de todo aquele seu feitiço. Passei o dedo pelo lábio e revirei os olhos. Maldita loira, aquilo não ia ficar assim!, jurei para mim mesmo. Virei costas e fui para o meu quarto. Aquilo iria ter troco..

encerrado.