Casa Assombrada

- porque não é assim tão simples, não é estarmos apaixonados e ficamos juntos - olhei para ele - não podemos jackson, nao podemos - suspirei - o problema é que eu te amo

- pois, o problema é esse, amares um monstro, não é? eu sou um monstro. - afirmei sério mordendo depois o labio para conter as lagrimas que queriam sair. virei costas e saí dali o mais depressa possivel.

encerrado.

Quando acordei estava numa casa escura e em ruinas. lembrava.me dela porque tinha sido onde jackson me tinha encontrado da primeira vez. tentei soltar.me mas reparei que estava presa, por isso era impossivel escapar - o que é que querem de mim ? - perguntei enfraquecida. os meus poderes estavam fracos, o veneno ainda corria pelo meu sangue e a ferida do ombro ainda estava aberta - se querem informaçoes ou algo do genero mais vale matarem.me ja

Depois de arrumar tudo em casa da melhor forma possível, sempre com o bebé ao colo num dos braços, tentei pedir ajuda a uns lobos que eu conhecia, já de uns tempos antigos, de quando fui transformado. Expliquei-lhes rapidamente a situação e conseguimos localizá-la. Fomos até à casa abandonada e ficámos o mais perto possível, a ouvir. Eu, como é lógico, tive de ficar mais afastado do que os outros, por estar com Kale

Soltei um grito de dor quando senti outro choque percorrer o meu corpo - eu nao vos vou dar informaçoes nenhumas - disse cansada - eu nao sou a mae do hibrido - fechei os olhos. era assim que chamavam ao meu bebe, hibrido. como se fosse uma especie de animal. - nao, parem por favor - implorei quando se aproximaram com uma lamina prateada. ia ser torturada infinitamente - quando e que entendem que nao me podem matar ? - perguntei, gritando de cor quando me cravaram a lamina no mesmo ombro

Um dos rapazes estava comigo, para o caso de alguém aparecer e nos querer atacar. Eu conseguia ouvir parte da conversa que estava a acontecer dentro de casa, mas não na totalidade, por estar bastante afastado - Tens de fazer alguma coisa, eles estão a torturar a minha mulher e eu não posso fazer nada.. - Disse-lhe, implorando que fizessem alguma coisa. Pelo que percebi éramos mais do que os caçadores, mas se eles tivessem as armas correctas e a favor deles, nós poderíamos morrer num instante. Depois de eles falarem todos entre si e de terminarem de contar o plano uns aos outros, puseram-se a postos, prontos a atacar. Rodearam a casa e assim que um alfa permitiu, atacaram.

Deixei a cabeça descair para a frente e os meus pes perderam o equilibro. so nao caia ao chao porque os meus pulsos estavam atados acima da cabeça por uma corda que me magoava aos pulsos. tentei soltar.me mas tinha pouca força, ja tinha gasto a minha energia toda quando protegera jackson e o bebe. comecei a ouvir barulhos na parte de fora da casa e nao fora a unica porque os caçadores armaram.se rapidamente, posicionando.se prontos para o ataque. soltei um grito o mais alto que consegui e ate os meus pulmoes arderem. um dos caçadores apressou.se a tapar.me a boca e a envolver uma especie de arame a volta do pescoço
- ha uma maneira de matar um arcanjo - disse ao meu ouvido enquanto eu soluçava - decapitando.o e queimando o corpo e a cabeça, assim nao te regeneras
- nao por favor - pedi enquanto as lagrimas corriam o meu rosto - nao me matem, eu faço o que quiserem por favor

- Jackson, nós só vamos realmente atacar quando acharmos que devemos e podemos. Aconteça o que acontecer, nunca te aproximes mais do que isto, nunca passes daqui. E se reparares que as coisas deram para o torto, foge, volta para casa - Informou-me, indo depois. Não sabia bem o que ia acontecer e fiquei completamente parado quando ouvi o grito de Lydia. Respirei fundo e sentei-me no chão escondido entre arbustos atrás de uma árvore

- nao, por favor - pedi enquanto ele me cortava a garganta - nao me mate - pedi quando o ar começou a faltar - eu conto.lhe tudo - vi movimentos pela janela - e o meu filho nao e hibrido nenhum - ganhei uma restia de força e consegui dar.lhe um pontape e uma cabeçada, fazendo com que me soltasse. tossi quando o ar voltou a entrar e os lobos atacaram. - soltem.me - pedi enquanto tentava tirar os meus pulsos das cordas

Um dos lobos soltou Lydia e levou-a para o exterior da casa - Foge, foge por aí, não olhes para trás - Pediu-lhe, apontando discretamente para uma árvore ao longe. Depois disso voltou a entrar na casa, fechando a porta. Os lobos tomaram conta da situação e conseguiram matar os caçadores.
Estava com Kale nos braços quando ouvi uma espécie de conversa, e depois alguns passos na minha direcção. Aninhei-me, tentando ficar o mais escondido possível, pois não me apercebi de quem se tratava

Por muito que quisesse correr o mais tapido que podia, so conseguia arrastar os pes e era agarrada as arvores. perdi o equilibrio e levei a mao ao pescoço, notando que sangrava. respirei fundo e fui.me arrastando devagar, olhando para tras para ver se ninguem me via. estava prestes a desistir quando vi alguem atras de uma arvore - quem esta ai ?

Percebi pelo tom de voz que era Lydia. Respirei fundo, aliviado, por saber que ela não estava... Enfim. Espreitei pelo outro lado para ver se estava sozinha ou se era mesmo ela, e depois levantei-me, com o bebé no colo. Segurei-o com um braço e aproximei-me dela, fazendo com que se apoiasse a mim, ajudando-a com o livre - Amor.. - Murmurei, quando vi o seu estado

- jackson, es mesmo tu - comecei a chorar e agarrei.me a ele - o que e que estas aqui a fazer com o bebe ? - perguntei - e perigoso estar aqui, vai.te embora - pedi, pondo a mao no pescoço para tentar estancar o sangue

- Vim salvar-te da melhor forma que podia.. E não ia deixar o bebé sozinho.. Anda, vamos para casa amor - Afirmei, ajudando-a a andar

- nao consegues levar os dois - olhei para tras - vai.te embora jack, protege o bebe - pedi - eu estou demasiado fraca, nao consigo aguentar muito mais tempo. tenho de me regenerar

- Não, não te vou deixar aqui, Lydia, nem pensar! - Afirmei, passando-lhe o bebé para os braços, ajudando-a a segurá-lo. Peguei depois nela ao colo, e assim o bebé ficou deitado sobre ela, junto do meu peito. - Deixa estar os teus braços assim, para o bebé ficar sempre nessa posição - Afirmei, saindo dali o mais depressa que podia, levando ambos para casa.

- jack eu nao vou aguentar muito mais tempo consciente. tens de me deixar ficar aqui - olhei.o quando me deu o bebe para os braços e agarrei.o. olhei para ele e sorri - tu nao es nenhum hibrido, es a minha vida - murmurei e encostei.me ao corpo de jack - jack - murmurei, sentindo a escuridao engolir.me - segura.o