Rio Löschen

Estava surpreendida por ele me ter levado até ali. Pelo caminho, não havia maneira de me sentir mal. Sempre que estava perto da natureza, sem interferências, sentia-me mais forte e segura. Adorava a sensação.

Sentei-me em cima de uma rocha e olhei para todo aquele rio. Apesar de não ser da cidade, aquilo trazia-me recordações de quando eu era pequeno. Uma sensação estranha percorreu-me a espinha. - Parece que sou um máximo! - disse convencido.

Olhei para ele, com um sorriso divertido a bailar nos meus lábios - nada mau para um gajo como tu - gozei e fui sentar-me perto dele.

Puxei-a para cima do meu colo e rodeei a sua cintura com as minhas mãos. Mantive-a assim, bem presa a mim. - Nada mau, para um gajo como eu.. - gargalhei.

Não ripostei. Estava bem disposta, talvez desfrutasse um bocadinho do que ele tinha para oferecer - nada mau, estou surpreendida.

Fiquei meio que alegre, quando vi que ela não se afastara. - Não sei porquê. Eu sou um gajo completamente maravilho, acho que já te provei isso.. - Fiz uma careta. - Não há casos para te surpreenderes!

Fiz uma careta. Ele estava longe de ser maravilhoso ou encantador. Sorte a dele (ou azar meu), eu não ligava para essas coisas - És assim tão confiante, sempre?

Abanei a cabeça. Eu sabia muito bem o que eu valia.
- Ser confiante deve ser o meu nome do meio.. - gozei.

- Confiante e arrogante podem ser duas características diferentes.
E eu achava que ele era um pouco dos dois, mas especialmente arrogante.

- Tu não estás é habituada a um tipo que diga o que te tenha a dizer, como facto de seres um loira, totó.. - fiz um sorriso meio parvo. Eu era meio que arrogante sim, mas bom, acho que a minha parvoíce superava..

- Não sou nenhuma loira totó - resmunguei e passei a minha mão pelo seu cabelo, despentando-o. Aquele sorriso ficava-lhe bem, pensei.

- És uma loira totó, sim.. - ri-me e acariciei a sua face. Mirei-a detalhadamente por uns minutos e depois com ambas as mãos despenteei-a também.

- Não sou nada. Tenho cérebro e sei usá-lo muito bem, está bem? - ripostei divertida. Abanei a cabeça - caraças, Jonathan, deu-me imenso trabalho alisar este cabelo! - resmunguei.

- Está bem, está bem, dona Sky.. - fiz um gesto estranho com as mãos e uma careta. - Oh, deu?! Que pena. Parece que agora vais ter que te contentar com o cabelo assim.. - e pior viria. Olhei para o rio e mordi o lábio. Num momento de estupidez, peguei-a ao colo e corri até ao rio, onde ao chegar a atirei para a água e cruzei os braços ao peito.

Gritei aquilo que consegui até ser impedida de o fazer pela água. Oh Meu Deus. Ia matá-lo por isto - Jonathan! - gritei assim que imergi.

Um sorriso glorioso acabou por aparecer nos meus lábios. As roupas dela tinham ficado molhadas, o que facilitava bem a minha visão. - Ups.. sou tão desastrado! - gozei.

Todo o meu look estava arruinado e a culpa era dele. Bufei irritada - és tão estúpido! - disse mas não consegui conter uma gargalhada, apesar de toda a irritação.

Dei de ombros e virei costas, indo-me sentar novamente numa rocha. - Sou um estúpido, que muita gente adora.. - estalei a língua. Mirei-a uma vez mais e lambi os lábios.

Nadei de volta até à margem do rio. Se não estivessem ali pessoas, poderia secar-me automaticamemente - não é o meu caso - respondi secantemente.

Ela ia continuar em negação? Pois claro, que fosse. Encolhi os ombros e revirei os olhos. - Tu lá sabes.. - achei melhor não dar importância àquele assunto. Preferia ocupar a minha cabeça com outras coisas interessantes e o facto de Sky estar toda molhada, fazia dela uma coisa interessante. - Se precisares tirar a roupa, está à vontade. - abanei as minhas mãos.

Odiava a forma de como as minhas roupas estavam coladas ao corpo, principalmente a camisola. E eu não tinha soutien por baixo... porra - está demasiada gente perto daqui. Não dou dar espectáculo.

Olhei em redor. De facto até havia ali uma quantidade de gente e amaldiçoava esse facto. Mas bom, não me podia queixar.. - Tudo bem. Melhor para mim mesmo.. - Um sorri de satisfação apareceu nos meus lábios.

- Melhor para ti..? - perguntei olhando-o demoradamente - o que queres dizer com isso?

Fiz sinais com as mãos, desenhando na perfeição uma forma feminina e depois coloquei-as perto do meu torax, apertando-as e rindo-me ao mesmo tempo. - Entendeste?!