Casa de Banho

- Não. Tu é que dizes que só recorres a mim quando estás aborrecido. Isso evendencia o teu mau gosto - respondi num tom cortante.

Abanei a cabeça. - Claro que só recorro a ti quando estou aborrecido. - revirei os olhos e pensei nas melhores palavras. - Afinal, eu ''adoro'' carne rodada. - estalei a língua.

- A quem é estás a chamar carne rodada? - Atirei furiosa, quase a repensar a minha ideia de o transformar num sapo - Não queres mais, tudo bem. Vai-te embora!

Comecei-me a rir, mesmo à descarado. Olhei para ela, completamente divertido. Sim, eu tinha conseguido, deixá-la furiosa.. - Se a carapuça lá te serviu, não tenho qualquer culpa disso.. - espreguicei-me.

Levantei-me da banheira e esmurrei-o no ombro, depois atirei-lhe com mais água, deixando-o encharcado - Não estou com disposição para aturar gajos como tu, que se acham muito bons.

vou ter treino, só volto à noite

Comecei-me a rir ainda mais, quando ela me deu aquele murro. - Eu sou muito bom.. - Admiti com um sorriso nos lábios. Assim que senti as minhas roupas encharcadas de água, só tive tempo de pegar nela e encostá-la à parede. Fiz pressão com o meu corpo no seu e seguidamente, penetrei-a com dois dedos.

Ugh, ele era tão enervante e ao mesmo tempo aliciante. Dava comigo em doida.
Gemi assim que ele me penetrou com os dedos, arrebatada pelo seu ataque inesperado.
- O que é que achas que estás a fazer? - perguntei, pondo as minhas mãos nos seus ombros.

- Estou a ver se te calas um bocadinho, sua chata de meia tigela! - seguidamente introduzi mais um dedo e movimentei-os rapidamente. Depois aproximei a minha boca do seu pescoço e percorri-o com os meus lábios até chegar aos seus.

Ele é que era o chato ali. E o irritante e o egocêntrico e o podre de bom. Admite que estás a gostar. A minha respiração acelerou e, apesar de estar fisicamente dorida da noite anterior, já me sentia preparada (e mais do que desejosa) para aquilo. Beijei-o profundamente, encontrando a sua língua com a minha.

Retirei os meus dedos de dentro de si e tateei o seu corpo com as minhas mãos. Sorri contra os seus lábios. Um sorriso malicioso e ao mesmo tempo, vitorioso. Aproximei a minha boca da sua orelha e sussurrei. - Vês, como tu és uma loira, chata, feia e fácil para a minha pessoa?! - gozei e afastei-me de si.

Eu não perdera completamente a noção das coisas. Sorri maliciosamente - Vejo como é que não és fantástico ao ponto de me excitares o suficiente só com isto - Apanhei o meu robe e vesti-o - Agora quero-te fora da minha casa - disse, ainda a tentar recuperar totalmente o fôlego.

Comecei-me a rir e fechei a porta atrás de mim. Eu não ia a lugar nenhum e ela também não. Não, antes de ela admitir que realmente não me resistia. - Oh claro, claro.. - encostei-me à porta e cruzei os braços ao peito.

- Não estou a gozar. Vai-te! - disse num tom cortante e determinado. Ele que se fosse lixar por me fazer isto.

Não me mexi, nem sequer lhe dei grande importância. Ela era mesmo chata, loira.. bah.. Abanei a cabeça e encolhi os meus ombros. - Não estou sequer a ouvir-te.. - gozei.

Fui até ele e encostei-me a ele, pondo-me em bicos de pés para chegar ao seu ouvido - Vai que aqui não estás a fazer nada de jeito, chato.

Rodeei a sua cintura com os meus braços e puxei-a contra o meu corpo. Rocei os meus lábios nos seus. - Estou a fazer muitas coisas de jeito sabes.. - sorri abertamente. - Como por exemplo, ver o quão chata e fácil tu és..

- Pára, pára de me agarrares! - resmunguei. Para ele era pegar e largar e eu não ia permitir que ela brincasse novamente comigo - Fácil é a tua... Estúpido - calei-me a tempo - eu tenho quem quero, quando quero. E neste momento não te quero perto de mim.

Mostrei uma grande sorriso nos lábios. Estava adorar aquele momento. - Pois se queres tanto sair daqui, então sai.. - espreguicei-me. Não me mexi, nem saí da sua frente.

- Sai-me da frente, Jonathan, e talvez o possa fazer - disse secantemente. Estava irritada e sexualmente frustrada. Não era uma boa combinação.

- Chata.. - revirei os olhos. Saquei do bolso o meu maço de tabaco e acendi um cigarro. Estava realmente interessado, em irritar aquela loira. Dava-me gosto e servia um pouco de vingança, pelo que ela fizera.

Como sempre acontecia sempre que o meu humor estava descontrolado, faíscas começaram a sair dos meus dedos e pequenas chamas aparecerem na minha mão - Sai. Da. Minha. Frente. Antes. Que. Eu Faça. Alguma. Coisa - avisei num tom cerrado.

A sério que ela iria dar uma de loira psicopata para os meus lados e usar aqueles seus poderes de bruxa burra e chata? Revirei os olhos. Peguei nos seus pulsos e empurrei-a contra a parede com força. - Não. Sejas. Chata. Sua. Loira. Feia. - disse, tentando imitá-la..

O meu corpo estava subitamente quente. Soltei uma gargalhada pouco divertida e fitei-o.
- Faz o que tens a fazer. Se não é nada, então solta-me e vai procurar uma puta toda "rodada" com quem te entreteres - disse num tom frio.

Tive mesmo para lhe dizer, que ela seria a puta rodada, com quem eu queria brincar, mas, acabei por ficar calado, quando àquilo. Sorri abertamente. - Tu és chata.. se queres tanto ir embora, vai.. - eu cá não me importava. Mas não ia sair da sua casa.

Raiva. Estava cheia de raiva - Agora já nem para uma foda serves? Que raio de amigo colorido me saíste... - disse desgostosa. Fiz um feitiço que abriu a porta e tentei passar por Jonathan.