Bar

Nem acreditava no que estava à minha frente.
- O que é que estás aqui a fazer?! - perguntei sem expressão. Olhei para Frederick e vi o que este queria que eu fizesse: realizar o desejo deste estúpido.
- Para ali, mas só vais tu oh abécula - apontei para a porta de saída.

- Então eu vim prestar serviço a comunidade e contribuir para a economia - ri-me em tom de gozo - não me parece querida é que sabes - tirei um rolo de notas do bolso - o dinheiro compra tudo e eu acabei de te comprar por uns tempinhos, por isso é melhor despachar isto - fiz sinal para ela ir a minha frente

Respirei fundo, não acreditando no que ia fazer.
Encaminhei-o para uma porta e esperei que entrasse. Tinha uma cama com almofadas, e um varão. Empurrei-o para que caísse na cama. - Estás pronto? - fingi uma voz sedutora.

- Com essa vozinha fingida nem a bandeira levantas - apoiei-me nos ombros, olhando-a - Não preciso pagar para ter sexo, só paguei para poder gozar um bocado contigo - ri-me - então além de pita também és puta, interessante - abanei a cabeça positivamente - só assim é que dás umas fodas não ?

Revirei os olhos.
- Não tens o direito de dizer isso - inspirei e expirei fortemente, começando a ficar afetada pelas suas palavras. - Eu não sou puta! - gritei-lhe. Já que estava deitado, tirei do meu body umas algemas e rapidamente prendi-o aos ferros da cama. - Agora sim sou uma puta - sorri-lhe e roubei-lhe o dinheiro do bolso. - Uau, isto é que é ser ladrão? Que... Adrenalina - rasguei-lhe as notas uma a uma com um sorriso na cara.

- Não querida, ser ladrão não é nada disso - ri-me enquanto ela se divertia como uma criança pequena - Uau se antes eras uma pita, rapidamente passaste a criancinha a rasgar as notas como os bebes fazem - revirei os olhos - achavas que eu ia trazer o meu dinheiro todo para aqui ? esse dinheiro era o que te ia pagar o serviço mas parece que o tenho de graça. diversao a custo 0. - ri-me, soltando uma das algemas e conseguindo-a apanhar pela perna, fazendo-a cair em cima de mim - não es boa para policia, algemas muito fracas - tirei-lhe o resto das notas da mao

Este gajo começava a irritar-me duma maneira extrema.
- Levas um estalo nessa cara que até andas de lado! - ameacei já preparada para gozar mais uma vez comigo.
Ouvi passos que deixaram de soar ao pé da porta. - Frederick - disse.
Se ele visse o trabalho que tinha feito, ainda me obrigava a ficar mais tempo com ele. Tentei libertar-me.

- É melhor fingires que estás a prestar serviço é que não tenho problema nenhum em ir embora sem pagar e dizer que esta espelunca não serve para nada e que o serviço é pessimo, acho que o teu patraozinho nao ia gostar nada - soltei a outra algema, metendo-a debaixo de mim - como vai ser miúda ? - prendi-lhe os pulsos no alto da sua cabeça e com a outra mao, prendi as suas pernas

Engoli em seco, pensando no que deveria fazer. O Frederick nunca entrou pelo quarto a dentro, duvido que o começasse a fazer agora. Beijei-o na boca num ato impulsivo, mas com os olhos bem abertos, para ver o que se seguia a seguir. Parece que o gajo de se deixou levar, deixando espaço para me libertar dele.

Fiquei a olha-la quando me beijou, largando-a e afastando-a de mim - eh bicho deves ter herpes de andares ai a beijar meio mundo e agora vens.me beijar a mim ? - limpei a boca, cuspindo para o chão - andes de me beijares é bom que laves a boca, isto não é do povo - sentei-me, limpando a lingua.

- EU NÃO SOU PUTA! SOU ACOMPANHANTE QUE É DIFERENTE! - gritei-lhe. - Não ando aí a foder o mundo inteiro, e se houvesses tu e mais outro velho. Escolhia uma arma. - atirei. - Até parece, até gostastes. - ri-me. - Babaste-me foi um pouco, mas o quê? Não sabes beijar? - limpei o canto da boca.

- Gostar de um beijo de uma... - fiz cara de nojo, continuando a limpar a lingua - quem te dera ser beijada mais vezes por alguem como eu, agora tu seres beijada so se for por aqueles velhos babados cheios de hemorroidas que nem com viagra ficam tesos - levantei-me, levando o dinheiro - diz o que quiseres ao teu chefe, eu nao vou pagar nada

Peguei numa jarra de costas para ele e dei-lhe uma martelada na cabeça vendo-o cair redondo no chão.
- Oh meu Deus! - disse apavorada com o que acabara de fazer.
- Está tudo bem por aí, Lindsay? - ouvi a voz de Fred.
- Tá tudo - disse entusiasmada sem qualquer disposição. - Fuck e agora?! - pousei a jarra e olhei para ele, caído.

Estava pronto a sair daquele quarto e daquele bar nojento quando senti uma grande pancada na cabeça que me fez cair no chão e ficar com uma dor intensa. Fiquei atordoadissimo ao ponto de cair e perder os sentidos por varios minutos. Aquela miuda tinha tentado matar-me.

- Foda-se! - disse alto, tapando de seguida a boca.
Tentei pegar nele, com bastante dificuldade, até que o consegui deitar na cama, jogando-o com brutitade.
- E agora, o que é que eu faço contigo, ahn?! - falei para mim mesma completamente ridicula. Finalmente Frederick foi embora, e então peguei numa toalha e molhei-a na casa de banho, colocando-a na testa do gajo.

Lentamente fui recuperando a consciência, sentindo uma grande dor de cabeça e algo fresco sobre a testa. Abri os olhos e vi a miúda que me tinha tentado matar a por.me paninhos sobre a testa - assassina - arregalei os olhos, afastando.me dela - qual foi a tua ideia miuda ? querias matar.me ? é que deixa.me dizer que foste mal sucedida - levei a mao a parte de tras da cabeça, passando a mao por onde doia mas apenas tinha um alto