Paradiso

O facto de estar dentro daquela água, facilitava bastante, todas as minhas investidas. Quando voltei a sentir os seus lábios nos meus, retribui o seu beijo. Estava a dar em louco, como a muito não dava.

Enrolei as minhas pernas à volta da sua cintura e apertei-o bem. Gostava da forma de como o seu corpo tocava no meu. Gostava especialmente da sensação de o ter dentro de mim, apesar de ser apenas a terceira vez que estávamos juntos.

Estava a tentar-me concentrar o suficiente para dar aos dois prazer. Tinha a certeza que não fizera nenhum erro ao aceitar ser amigo colorido daquela loira. Chupei o seu queixo e seguidamente o pescoço, deixando aí uma pequena marca. Apertei as suas ancas com força e enterrei-me totalmente no seu corpo.

O prazer veio inesperadamente. Acabei por atingir o auge mais uma vez e desta vez parecia que ia perder os sentidos de tão intenso que fora. Abracei-me ao seu corpo e beijei o pescoço de Jonathan.

Tive que inspirar fundo, quando cheguei ao orgasmo. Parei por uns momentos, não me dando por vencido àquele prazer imenso. Beijei a face de Sky e desci até aos seus lábios.

A minha respiração estava fraca e pausada. Mas sentia-me mais do que satisfeita - porquê que não fizemos isto logo à primeira vez? - perguntei, beijando o seu peito.

Afastei-me não muito dela, ao ponto de continuar dentro de si. - Porque eu sou uma criança muito ocupada, para estar sempre a comer-te, quantas vezes quiseres.. - gozei.

- até parece que és muito ocupado -revirei os olhos e passei as minhas mãos pelo seu peito e mordi o lábio.

Revirei os olhos. Desde que chegara aquela cidade, era verdade que não me mostrava um ser muito ocupado. - E sou.. quando quero.. - fiz uma careta e passei as minhas mãos pelo seu corpo.

Senti um calafrio percorrer-me quando ele me tocou mas depressa passou. Não era nenhuma adolescente com as hormonas aos saltos para ficar assim sempre que ele me tocava. Eu já tinha experiência nisto - hum, hum... e ocupas-te a fazer o quê?

- A comer gajas.. - disse pura e simplesmente, sem qualquer tipo de rodeios. Claro que não passava a vida naquilo, ou talvez passasse, não sabia bem..

- Ocupas muito bem o teu tempo, estou a ver - ri-me baixinho. Então ele tinha uma vida fácil - Não fazes nada da vida. Isso não é nada produtivo.

Fiz uma careta. Eu nunca fizera nada na vida mesmo. Simplesmente bancava-me das mulheres que um dia foram vivas e que simplesmente precisavam unica e exclusivamente de atenção. - Eu corro.. já é alguma coisa. - ri-me.

Fingi um ar espantado e interessante - wow Jonathan, afinal tens uma vida além do sexo! - gozei e comecei-me a rir.

- Bah.. não gozes! - gargalhei, ao mesmo tempo que revirava os olhos. - Mas só para que saibas, já fiz uma coisa parecida ao do filme ''Magic Mike..'' - fiz um sorriso torto. Foram velhos tempos e brincadeiras de um estúpido adolescente. Mas dera bastante dinheiro, ai isso, dera. E aquilo nem era bem prostituição..

Era giro imaginá-lo num bar daqueles, a despir-se e a fazer show para mulheres que não tinham nada para se entreterem em casa. Comecei-me a rir - e que espectaculo davas tu na altura?

- Na altura era um puto.. dava o tipo de espetáculo que fosse preciso! - falar daquilo não me incomodava muito e até tinha a sua piada. Tinham sido tempos mesmo muito divertidos.

- E porquê que o fazias? E já agora, que idade tens? - eram perguntas meio pessoais mas estava curiosa e com esperança de que ele respondesse.

- Em parte, era por pura diversão.. mas por outro lado, o dinheiro também era bem vindo. - sorri abertamente. - Tenho vinte e um anos.. e tu?! - não me arriscaria a adivinhar a sua idade, mas parecia-me a mim que rondava também pelos vinte..

Mas porquê que ele haveria de querer dinheiro? Seria mesmo por necessidade ou simplesmente por diversão? - Também tenho vinte e um - respondi. Pensava que ela era um ou dois anos mais velho do que eu.

- Bom, parece que tens a mesma idade que eu.. que pena, não diria nada.. - gozei. - Dava-te pelo menos, uns cinco anos! - Cocei o couro cabeludo.

Semi-cerrei os olhos - que engraçadinho, Miller, a sério - resmunguei mas depois comecei-me a rir.

Fiz uma careta ao ouvir o meu apelido. Ainda não estava acostumado a ser tratado assim, mas também não me importei. Encolhi os ombros. - Mas é a realidade.. cinco anos no máximo!

- este corpinho está bastante para lá dos cinco anos! - depois lembrei-me de algo - se achas que eu tenho cinco anos, então admites estar atraído por raparigas menores. Que escândalo!

- Podes ter corpo de vinte, mas sem dúvida que essa cabeça de loira é de cinco! - e num estúpido acto de infantilidade, mostrei-lhe a língua. Pensei um pouco nas suas palavras.. - Menores, da mesma idade, adultas, velhas.. são mulheres, sexo.. tudo a mesma coisa.. - encolhi os ombros.