'Till The World Ends {Discoteca}

- Liberdade de expressão, conheces? Ham.. esquece, és loira. - sorri abertamente. Levei o meu copo à boca e beberiquei um pouco do conteúdo da minha bebida.

Mordi a língua para não dizer nenhuma disparate do qual me viesse a arrepender, como torná-lo num sapo ou fazer um feitiço qualquer. Pensando melhor, nem era má ideia. Virei-me de costas e tirei o saquinho que tinha na mala. Lá dentro estava cocaína e só com ela ia conseguir superar a chatice que era Jonathan.

Rodeei a sua cintura com os meus braços e encostei o meu queixo ao seu ombro. Beijei a sua bochecha. - Então.. já estás contente pela tua vingança de treta?! - perguntei, só mesmo para perguntar.

O que é que ele estava a fazer? Antes de mais, fechei o saco no meu punho - Nem por isso. Não era lá grande vingança, tive coisas melhores e mais interessantes em que pensar - respondi.

Comecei-me a rir. Claro que tivera, como ler o livro que lhe dera, não? Tinha sérias dúvidas que ela achasse outra coisa para fazer. - Está bem então.. loira.. - mordi o seu pescoço.

Remexi-me um pouco ao sentir os seus dentes na minha pele - deixa-me Jonathan, não quero nada contigo - resmunguei, apesar de ser tão difícil dizer aquelas palavras.

Revirei os olhos. Nem sei o porquê de estar ali a perder tempo com ela. - Está bem, então.. amiga colorida.. - comecei-me a rir. Dei meia volta e fui dançar com a morena que há pouco andava com o olho.

Idiota. Finalmente sozinha, abri o saco e discretamente snifei alguma da coca. Dentro de alguns minutos já não ia querer saber de mais nada. Voltei a infiltrar-me na pista de dança e diverti-me a valer, indo de gajo em gajo, gaja em gaja, à procura do mais promissor.

Saí daquela discoteca com a rapariga que engatara e com ela, uma amiga veio de bônus. Não eram lá grande coisa, mas pelo menos não eram loiras, burras, feias e chatas. Acabei por rir. Talvez, mais tarde, quem sabe, até voltasse para a discoteca.

encerrado.

A droga transformara-me. Tornara-me ainda mais divertida e descontrolada do que o normal, o que era exactamente aquilo que eu pretendera. Ri-me baixinho face ao rapaz com que estava a dançar há já algum tempo - ... anda ... - peguei na mão dele e fomos encontrar um sitio.

O rapaz provara não ser nada de se deitar fora quando estivéramos num do cubiculos da wc. Porém havia outra pessoa em quem tinha estado de olho durante a noite toda e ela a mim. Era uma rapariga mais alto do que eu, ruiva e bastante atraente. Foi atracção mutua e ao fim de meia hora decidimos ir para minha casa.

encerrada.